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Muitas têm sido as hipóteses propostas para explicar a origem das enxaquecas, tais como alimentar, alérgica, vascular, bioquímica (serotoninérgicas), desordens plaquetárias, problemas na barreira hematoencefálica, origem psicogênica, entre outras, e dentre elas, destaca-se a teoria vascular e a da inflamação neurogênica como as mais abrangentes.

Em resumo, a patogênese da enxaqueca envolve alteração da dilatação vascular, ativação neural e espasmo muscular.

Atualmente, acredita-se que a enxaqueca ocorra em decorrência de um processo em 4 etapas:

1ª fase: Desencadeante – seja ele físico, químico ou psicológico – inicia uma alteração química na rafe dorsal e no lócus cerúleo, levando à liberação de serotonina e noradrenalina.

2ª fase: A liberação química ocasiona vasodilatação; como conseqüência, aumenta o fluxo sangüíneo. A serotonina também estimula o centro do vômito.

3ª fase: A dilatação dos vasos dispara o sistema trigeminal. Sinais são devolvidos do núcleo trigeminal ao longo das mesmas fibras nervosas para os vasos dilatados, fazendo que eles se dilatem ainda mais. O sistema trigeminal ativa o hipotálamo, causando desejo de alimentos específicos, fotofobia e fonofobia; alguns sinais também vão à parte superior da medula espinhal, criando tensão e espasmos dos músculos na parte posterior da cabeça e do pescoço.

4ª fase: Os sinais sobem ao tálamo e ao córtex, ocorrendo a cefaléia.

Portanto, o tratamento de enxaqueca deve atuar junto a este sistema, o que o torna multi facetário.


Texto atualizado em 01/04/2013